Dificilmente
infância, mas incrivelmente era...
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Quando eu
tinha por volta de uns dez, onze anos, minha mãe sentou comigo e me
deu um livro que mudou minha vida. Sim, considero ele, sem dúvida
nenhuma, a minha entrada nesse outro mundo que me acompanha
bissextamente hoje em dia. Unindo algo que já me causava muita
curiosidade, com um relato direto de uma menina sobre o episódio: a
2ª Guerra Mundial.
Sim,
quando criança, e ao longo desses anos todos, a guerra, mas
principalmente este episódio, sempre me causou uma curiosidade, um
quê de quero saber bem mais. Não dá para saciar inteiramente este
sentimento diante de tudo o que se tem de relato sobre aquela época.
E não consigo entender como há quem negue o que aconteceu, não
apenas aos judeus, mas a outros prisioneiros de guerra.
Isso é
para mim um motor, como um não gostar poderia se tornar um ódio tão
imenso a ponto de se matar indistintamente tantas pessoas. Eu tento
de todas as maneiras entender, porém não há qualquer
justificativa. É como tentar pegar areia com as mãos e ficar com
ela ao se abrir os dedos: simplesmente se esvai.
Se no
começo, o “Diário de Anne Frank” e filmes (dramáticos)
alimentavam meu cérebro, hoje, sou levada a assistir documentários
sobre os nazistas, a construção dos campos e os relatos dos
sobreviventes (judeus ou não). Ao contrário de outros relatos no
mesmo nível do holocausto, neste caso teve-se o interesse em guardar
o que essas pessoas vivenciaram. E até mesmo os relatos da segunda
geração, ou seja, os descendentes diretos de quem sobreviveu aos
campos da morte.
E há uma
infinidade de formas de como se aborda e abordou o tema ao longo dos
anos a respeito de como se lidar com estes fatos: como Hollywood e
mídia de entretenimento o fez, como a História tratou os aliados e
o Eixo, como a própria Alemanha se viu no imediato pós-Guerra e nos
anos posteriores, enfim uma infinidade de micro e macro relatos a
serem desenvolvidos.
Ao lado
de vivências, também teve autores que trabalharam em cima do medo
que o clima da Alemanha pré-2ª Guerra nos inspira. Um deles é
Stephen King. Sim, o mestre do terror sobrenatural também é
inspirador em suas histórias de suspense e terror psicológicos,
como o Aprendiz (Apt Pupil – As quatro estações: Verão da
Corrupção), no qual um adolescente descobre que em seu bairro mora
um ex-nazista escondido.
Vale
muito a pena assistir a entrevista de Bryan Singer, o diretor do
filme, além de ser conhecido como diretor e roteiristas de filmes de
super-heróis (Super-homem e X-men), também há o aspecto pessoal de
ser judeu e como isso influenciou nas escolhas a respeito do
desenvolvimento da película.
Outro
caso que eu também recomendo para quem quer entender a questão do
nazismo é assistir ao incrível filme a “Onda” (as duas versões
se possível) e mais o documentário sobre o caso. Essa foi uma
história real de um professor de ensino médio americano que resolve
fazer com sua turma um experimento para fazê-los entender como foi
que Hitler e os nazistas dominaram todo um povo.
Não sei
se vocês notaram, mas posso falar durante horas e horas a respeito
deste tema. Sou levada a estes acontecimentos, tentando entender como
é possível que nos disponhamos a perpetrar tanta maldade. Não, não
é preciso ir muito longe.
Vou
deixar vocês aqui com algumas dicas que estão no texto:
- Dasist Berlin – essa música está na trilha do filme Aprendiz.
- A Onda – 1ª versão de 1981 (The Wave, dublado em português, completo).
- A 2ª versão do filme, você encontra para aluguel no próprio Youtube (por R$ 19,90) ou no Netflix.
- Documentário sobre o experimento da “3ª Onda” (em inglês. Sem legenda, completo):
- Não localizei a entrevista do Bryan Singer, no qual ele comenta a respeito do filme O Aprendiz, mas aqui seguem os dados do filme.
- E como não poderia deixar de ser a página de Anne Frank no Facebook, com muitas fotos e informações.
AVISO: Não estou ganhando nada para falar a respeito do tema ou do filme, o qual indiquei onde alugar.
Este não é um publieditorial
Este não é um publieditorial
Legenda foto: Tirada por mim dos meus dois exemplares do Diário de Anne Frank.
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