domingo, 12 de julho de 2015

Das ist Berlin

Dificilmente infância, mas incrivelmente era...

Indicações abaixo
Quando eu tinha por volta de uns dez, onze anos, minha mãe sentou comigo e me deu um livro que mudou minha vida. Sim, considero ele, sem dúvida nenhuma, a minha entrada nesse outro mundo que me acompanha bissextamente hoje em dia. Unindo algo que já me causava muita curiosidade, com um relato direto de uma menina sobre o episódio: a 2ª Guerra Mundial.

Sim, quando criança, e ao longo desses anos todos, a guerra, mas principalmente este episódio, sempre me causou uma curiosidade, um quê de quero saber bem mais. Não dá para saciar inteiramente este sentimento diante de tudo o que se tem de relato sobre aquela época. E não consigo entender como há quem negue o que aconteceu, não apenas aos judeus, mas a outros prisioneiros de guerra.
Isso é para mim um motor, como um não gostar poderia se tornar um ódio tão imenso a ponto de se matar indistintamente tantas pessoas. Eu tento de todas as maneiras entender, porém não há qualquer justificativa. É como tentar pegar areia com as mãos e ficar com ela ao se abrir os dedos: simplesmente se esvai.
Se no começo, o “Diário de Anne Frank” e filmes (dramáticos) alimentavam meu cérebro, hoje, sou levada a assistir documentários sobre os nazistas, a construção dos campos e os relatos dos sobreviventes (judeus ou não). Ao contrário de outros relatos no mesmo nível do holocausto, neste caso teve-se o interesse em guardar o que essas pessoas vivenciaram. E até mesmo os relatos da segunda geração, ou seja, os descendentes diretos de quem sobreviveu aos campos da morte.
E há uma infinidade de formas de como se aborda e abordou o tema ao longo dos anos a respeito de como se lidar com estes fatos: como Hollywood e mídia de entretenimento o fez, como a História tratou os aliados e o Eixo, como a própria Alemanha se viu no imediato pós-Guerra e nos anos posteriores, enfim uma infinidade de micro e macro relatos a serem desenvolvidos.
Ao lado de vivências, também teve autores que trabalharam em cima do medo que o clima da Alemanha pré-2ª Guerra nos inspira. Um deles é Stephen King. Sim, o mestre do terror sobrenatural também é inspirador em suas histórias de suspense e terror psicológicos, como o Aprendiz (Apt Pupil – As quatro estações: Verão da Corrupção), no qual um adolescente descobre que em seu bairro mora um ex-nazista escondido.
Vale muito a pena assistir a entrevista de Bryan Singer, o diretor do filme, além de ser conhecido como diretor e roteiristas de filmes de super-heróis (Super-homem e X-men), também há o aspecto pessoal de ser judeu e como isso influenciou nas escolhas a respeito do desenvolvimento da película.
Outro caso que eu também recomendo para quem quer entender a questão do nazismo é assistir ao incrível filme a “Onda” (as duas versões se possível) e mais o documentário sobre o caso. Essa foi uma história real de um professor de ensino médio americano que resolve fazer com sua turma um experimento para fazê-los entender como foi que Hitler e os nazistas dominaram todo um povo.
Não sei se vocês notaram, mas posso falar durante horas e horas a respeito deste tema. Sou levada a estes acontecimentos, tentando entender como é possível que nos disponhamos a perpetrar tanta maldade. Não, não é preciso ir muito longe.

Vou deixar vocês aqui com algumas dicas que estão no texto:
  • Dasist Berlin – essa música está na trilha do filme Aprendiz.
  • A Onda – 1ª versão de 1981 (The Wave, dublado em português, completo).
  • A 2ª versão do filme, você encontra para aluguel no próprio Youtube (por R$ 19,90) ou no Netflix.
  • Documentário sobre o experimento da “3ª Onda” (em inglês. Sem legenda, completo):
  • Não localizei a entrevista do Bryan Singer, no qual ele comenta a respeito do filme O Aprendiz, mas aqui seguem os dados do filme.
  • E como não poderia deixar de ser a página de Anne Frank no Facebook, com muitas fotos e informações.

AVISO: Não estou ganhando nada para falar a respeito do tema ou do filme, o qual indiquei onde alugar.
Este não é um publieditorial

Legenda foto: Tirada por mim dos meus dois exemplares do Diário de Anne Frank.

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